Marca francana possui mais de 40 variedades de cafés orgânicos e especiais

ACIF em Revista - edição 277 - Janeiro

É em uma fazenda à beira da rodovia Cândido Portinari que sai a cada colheita um dos melhores cafés orgânicos e especiais da Região da Alta Mogiana, o Café Minamihara. Há 10 anos, a marca se tornou uma potência, exporta 95% do que produz e alia em seus grãos história e qualidade.

Apaixonados pela bebida, o patriarca da família Getúlio Minamihara e a esposa Clara trabalham com afinco junto com o filho, o secretário de Desenvolvimento de Franca e administrador de empresas, Anderson Minamihara. São eles, os responsáveis pelo salto que a marca deu nessa última década e pelos prêmios de qualidade alcançados nesse período.

Desde a década de 70, o Café Minamihara passou por muitas mudanças até chegar ao que é hoje. De uma propriedade, passou a ser três que somam 150 hectares certificados e que produzem mais de 40 variedades de cafés orgânicos especiais. Todos são separados por lote, variedade e ponto exato de maturação e o cuidado se estende com a colheita que acontece de forma manual e seletiva. A família utiliza ainda as fases da lua para obter a colheita desejada utilizando técnicas biodinâmicas, o manejo permite fruto mais cheio, com mais água ou mais doce. “A lua influencia, principalmente a lua cheia”, revela o patriarca, que diz ter também alguns segredos japoneses para a produção de um excelente café.

Além do cuidado com a colheita, a plantação recebe atenção especial dos Minamihara. Seu Getúlio, engenheiro agrônomo de formação, prioriza a qualidade do fruto e desde que começou a ajudar o pai no cafezal, já tinha tendência para o orgânico. “Hoje, estou me dedicando aos cafés exóticos, que possuem aromas e nuances diferentes”, conta.

Dentre as variedades cultivadas, com nuances sensoriais diferentes, são produzidos pelas fazendas os cafés arábicas Catuaí Vermelho, Obatã Vermelho, Bourbon Amarelo, Catucaí, Catuaí Açú, Siriema, Tupi, entre outros. O Café Minamihara é 100% orgânico e ainda conta com variedades plantadas à sombra de abacateiros.

Com alto valor agregado, o Café Minamihara atende ao exigente mercado japonês, tendo sido escolhido inclusive para comemorar o centenário da migração japonesa. No Brasil, é comercializado via e-commerce e pode ser encontrado também, por meio de uma parceria com a Três Corações, em um dos restaurantes mais premiados do País, o D.O.M do chef Alex Átala e no Mura, que atende apenas 12 pessoas por dia, além de alguns empórios, todos na capital paulista. Nesses locais, um pacote de 250 gramas chega a ser vendido por até R$ 200.

Devido ao renome do Café Minamihara, alcançado também graças a um forte trabalho de marketing, a propriedade recebe constantemente a visita de estrangeiros, já sediou eventos com mais de cem baristas do mundo inteiro e está em obras para receber um complexo que contará com armazém de beneficiamento, torrefação e cafeteria. O local será aberto para visitações guiadas, onde o visitante poderá conhecer todo o processo do café, desde a visita na fazenda até o consumo do café.

Ganhador de inúmeros prêmios, o Café Minamihara começou vencendo concursos regionais e logo foi consagrado entre os dez melhores cafés do Brasil pela BSCA (Associação Brasileira de Cafés Especiais), sendo hoje apreciado em mercados da Ásia, Europa e dos Estados Unidos.

 Leia a revista completa: https://bit.ly/301bckM

Texto: Ana Luiza Silva e Marco Felippe

Fotos: Wilker Maia