Produzido na região da Borda da Mata, em Cristais Paulista, o café sempre esteve presente na família Silva. Natália (Alves Silva) é a quinta geração de cafeicultores e a responsável por despertar para a produção de um café de qualidade, que já na primeira avaliação, alcançou 85 pontos. Segundo a SCA (Specialty Coffee Association), a partir de pelo menos 80 pontos na Metodologia de Avaliação Sensorial, o café já pode ser considerado especial.
“O sítio tem mais de 80 anos e sempre produziu café. Meu pai, José Luís da Silva, é do setor calçadista mais veio para o campo cultivar café commodities. O especial, surgiu depois em 2019, por acaso”, explica Natália, que logo se interessou pelo assunto e buscou informações e cursos na área.
O resultado foi o lançamento da marca Café Borda da Mata, que ocorreu em outubro do mesmo ano, durante a realização do Fancafé, evento que reuniu produtores, baristas e consumidores em Franca. Produzido em um sítio com 80 hectares de café – são 270 mil pés, sendo 220 mil em produção - em uma altitude de praticamente 900 metros, o Café Borda da Mata recebe um tratamento diferenciado desde o plantio até a torrefação. Com quatro variedades cultivadas, a propriedade investe alto na parte nutricional, na etapa de secagem, incluindo uma via úmida e em equipamentos de processamento com tecnologia de ponta.
À exceção dos cafés mais novos, a colheita no sítio é mecanizada. Já a secagem acontece em terreiro de concreto, embora a propriedade possua secador à lenha e planeja a montagem de secadores suspensos.
Na busca por novas experiências com o café, Natália também faz estudos de fermentação do grão e já alcançou notas sensoriais de frutas vermelhas e mel. Em relação ao processamento, a propriedade conta com uma completa estrutura para o beneficiamento do café com classificadora para separação dos grãos adequados dos defeituosos e densimétrica. O sítio realiza ainda o armazenamento do café em tulhas para que os grãos de café descansem, por um dado período, sem sofrer deterioração.
Comercialização
A última safra no sítio Borda da Mata resultou em 3,7 mil sacas, sendo 30% desse montante de café especial. “Vendemos muito café verde para torrefação, mas também fazemos a nossa. Temos pacotes de 1 quilo e de 250 gramas em grãos ou moído, mas 95% são de café torrado em grãos”, revela Natália.
Atualmente o café especial é vendido principalmente para cafeterias da capital paulista e do interior de São Paulo, mas há também clientes no Rio de Janeiro e no estado do Mato Grosso. “A nossa intenção é exportar café verde e ter a marca como forma de buscar reconhecimento e atingir novos mercados”.
A marca e a embalagem
A criação da marca e da embalagem do Café Borda da Mata é cercada de história e ressalva a beleza de uma propriedade quase centenária. Sua sede conserva o estilo original e foi a partir dela que surgiram as cores da marca e consequentemente, da embalagem.
O rosa é uma homenagem à casa do sítio, que de geração em geração foi preservada; o verde, com a textura de folhas, representa a rica e densa mata que dá nome à região e à marca, enquanto o dourado simboliza o especial.
Já o formato de flor, que também faz parte da marca, é uma alusão à antiga pintura do imóvel que foi descoberta em uma restauração. Também estão retratados na marca, por meio de símbolos, letras e cores, os grãos de café, as ruas da lavoura, um famoso curral que existia nos primórdios da propriedade, o leite que era produzido e o retorno à produção de café após uma devastadora geada que quase colocou fim na história de trabalho.
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