Os consumidores estão cada vez mais conectados e utilizando as ferramentas de busca para acessar informações de onde estiverem sobre o que quer que seja.
A pesquisa E-commerce Radar 2017, idealizada pela consultoria Atlas, revela que 52% das vendas online feitas no primeiro semestre de 2017 aconteceram após uma busca no Google. Neste contexto, 25% das vendas provêm dos resultados orgânicos e 27% dos links patrocinados.
O estudo mapeou a origem das conversões por ordem de maior influência: Google patrocinado, Google orgânico, busca direta, outras origens, referências de terceiros, e-mail marketing, Facebook orgânico, Criteo, Facebook Patrocinado e Buscapé.
Quando essa análise é feita com base no tipo de dispositivo usado, o desktop apresenta 75% de tráfego pago e 69% de orgânico.
Já quando o smartphone é utilizado, a maioria dos pedidos realizados são originados via anúncios (23%) e por busca orgânica (29%).
Os resultados apresentados surgiram da análise de dados das mais de 700 lojas online conectadas à empresa, dos mais variados portes, em todas as regiões do país.
Para Paulo Schiavon, diretor de online bussiness para América Latina da Samsung Electronics, é natural que o maior volume de conversões seja proveniente de links patrocinados.
O executivo também chama atenção para a alta participação em pedidos do acesso direto (12%), em que o valor da marca e seus serviços são diferenciais.
“Isso indica uma relevante percepção sobre os pontos de influência de compra no mundo digital, especialmente para a geração Z que não conhece um mundo sem internet”, diz.
A IMPORTÂNCIA DE ESTAR BEM RANQUEADO
Se você tem uma loja virtual ou qualquer conteúdo publicado na internet, certamente já se perguntou como o Google determina o posicionamento dos sites nos resultados da busca.
A verdade é que por trás de uma simples busca no Google há um complexo sistema de algoritmos, para suportar com eficiência mais de um bilhão de buscas mensais e garantir que os resultados apresentados aos usuários sejam os mais precisos possíveis.
De acordo com Marcello Binder, especialista em mídia digital, mais de 90% das pessoas que realizam algum tipo de busca orgânica no Google não partem para a segunda página.
Ou seja, se o site não aparecer na primeira página de busca, as chances de ele não receber algum clique ou visita é muito grande.
COMO SE POSICIONAR BEM
A partir do momento em que um site é colocado no ar, pode-se levar de oito a dez meses para ranqueá-lo de forma orgânica na primeira página, explica Binder.
"Se você colocar uma página no ar e quiser que ela apareça hoje entre as principais, é preciso fazer anúncio", diz.
Mais de 200 fatores influenciam o ranqueamento do Google, no entanto, nunca foi divulgado o peso de cada um desses itens.
De acordo com Binder, alguns itens são comprovados e outros são especulações. Entretanto, mesmo com essas ressalvas, é certo alguns pontos merecem atenção.
? Palavras-chave
A pesquisa de palavras-chave é uma atividade fundamental para conquistar tráfego orgânico diretamente para o site.
Quanto mais acertado o uso das palavras-chave, maiores são as chances de obter um bom posicionamento no Google e, consequentemente, atrair mais conversões para o site.
Para conseguir um bom posicionamento é importante fazer uma pesquisa de relevância sobre as palavras-chave. Trabalhar com os termos tenham número elevado de buscas é uma das dicas do especialista em mídia digital.
Para encontrar esses termos é possível utilizar algumas ferramentas gratuitas que o próprio Google fornece, como o Google Trends ou o Google AdWords Planner.
?Velocidade de carregamento
O Google também dá prioridade para os sites mais velozes. Binder diz que para aparecer na primeira página do Google seu site tem que abrir entre três e quatro segundos.
O Google considera o fator de carregamento rápido muito sério e um site lento vai perder pontos no ranqueamento de qualquer jeito.
Como os usuários não têm paciência para esperar um site abrir lentamente, o resultado é uma alta taxa de rejeição.
Dois fatores podem tornar o carregamento mais veloz: site bem programado e com poucos plugins e um provedor de hospedagem otimizado.
?Conteúdo autoral
A recomendação de Binder é se preocupar com a qualidade do conteúdo e não escrever com foco em vendas de produtos ou serviços, mas sim com o objetivo de ajudar o usuário com o maior nível de detalhamento possível.
"Mostre a ele que você é especialista e que deseja ajudá-lo".
?Site responsivo
A expressão mobile-friendly é uma das peças-chave para estar bem ranqueado no Google. Dizer que o site precisa ser responsivo é o mesmo que dizer que ele é acessível não apenas por desktop, como também via smartphone e tablets.
O Google privilegia os sites responsivos desde abril de 2015, e em alguns casos, a ausência dessa característica pode até desaparecer das buscas, ou seja, pode ser penalizado.
O Google considera como prioridade a experiência do usuário, que cada vez mais usa smartphones e outros dispositivos móveis para navegar na internet.
"Além de perder no ranqueamento, um site não responsivo vai perder tráfego e visitas das mídias sociais também já que o conteúdo dele não está otimizado".
FOTO: Thinkstock
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