Entenda o que é e como os elementos da arquitetura podem transformar o ambiente

 A neuroarquitetura se baseia na aplicação de conceitos da neurociência aos espaços. Qualquer tipo de projeto pode contemplar as estratégias desse conceito. A neuroarquitetura e o neurourbanismo foca na compreensão de como a arquitetura do ambiente e do urbanismo podem impactar o comportamento humano, possibilitando maior compreensão sobre os efeitos que os espaços geram nos indivíduos.

O arquiteto vai identificar quais são as melhores estratégias para impactar o cérebro humano de acordo com a necessidade de cada espaço, estimulando comportamentos específicos como criatividade, socialização, relaxamento, concentração, entre outros. Estudo comprova que poucas horas por semana ao ar livre melhora a saúde e deixa as pessoas mais felizes. Estar em praças com paisagismo formado de árvores e vegetações ajuda o bem estar das pessoas.

Você já notou o quanto os espaços influenciam na sua vida e principalmente na sua saúde? Não falo só no físico, mas também no campo emocional e mental. Criar espaços com objetivos específicos que vão influenciar emocionalmente e mentalmente as pessoas é a proposta da neuroarquitetura.

Os espaços reverberam por muito tempo na vida das pessoas. Quantas doenças surgem dentro de casa por causa da sua configuração? Por exemplo, a falta de luminosidade natural pode favorecer quadros de depressão. Ambientes lúgubres são insalubres, esta observação também é valida para os espaços públicos como as praças.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) identifica como “Síndrome do Edifício Doente” o conjunto de doenças causadas ou estimuladas pela poluição do ar em espaços fechados. É necessário os espaços serem projetados não apenas em aspectos práticos e econômicos, mas também de forma saudável.

No projeto de urbanismo, o uso de cor, texturas e cheiros agradáveis são essenciais para o bem estar e alegria das pessoas que vão circular ou permanecer por algum tempo naquele espaço, sempre respeitando a cultura local. É muito importante conhecer a cultura do morador para poder definir que aspectos eleger e que façam bem para ele e sua família e para os espaços públicos como as praças é importante conhecer a cultura local.

A pandemia trouxe uma grande reflexão sobre a morada e os espaços. As pessoas estão prestando mais atenção nos espaços que vivem, principalmente do lado da saúde e bem estar. O arquiteto pra projetar um espaço aconchegante e saudável vai projetar pensando em vários aspectos como luminosidade, ventilação, cores, formas de tal maneira que congreguem o objetivo de tornar aquele espaço gostoso de estar. A mente tranquila consegue pensar melhor! A conexão das pessoas com a natureza reverbera em bem-estar. Além de absorverem elementos químicos de tintas e gases tóxicos que poluem os espaços, tem seu apelo estético, orgânico, fluído e relaxante.

O Allan Lopes, diz: “A Natureza é o padrão”. A vida acontece no meio natural. Se desenvolve com mais saúde. E quando se pensa os espaços é preciso ter essa característica além de conforto, segurança e praticidade. Somos seres sociais, portanto a convivência é o cerne do nosso viver.

Com a neuroarquitetura é possível “ler” um espaço. Cada detalhe diz algo. Cada minúcia tem o poder inclusive de influenciar comportamentos, assim o projeto do espaço vai além da parte funcional. A neuroarquitetura veio para trazer ação. Ir além de uma reflexão de o quanto os espaços influenciam o nosso bem-estar e a saúde. As construções podem mudar e salvar vidas quando bem planejados Para Andréa de Paiva, arquitetos que utilizam a neurociência aplicada podem projetar com o objetivo explícito de afetar comportamentos humanos, mesmo os que estão além da percepção e do controle conscientes.