O Dia das Mães promete ser melhor em 2018: com a queda nos juros e o alongamento nos prazos de pagamento, o A projeção é da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
No ano passado, a alta média da primeira quinzena ficou em 1,25%, puxada pelas vendas à vista, que cresceram 4,7%, contra uma queda de 2,2% nas vendas a prazo.
Mas em 2018 haverá uma mudança de perfil nas compras para a data comemorativa, já que a Copa do Mundo deve puxar as vendas de bens duráveis a prazo, como TVs, afirma Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais de São Paulo (Facesp).
O destaque em 2018, reforça, deve ser o televisor, já que a indústria brasileira produziu 41,1% a mais de itens da chamada linha marrom em fevereiro ante igual mês de 2017, afirma.
“E o comércio vai usar o mote da Copa para vender mais, aproveitando que essa é a segunda melhor data comemorativa para o varejo (só perde para o Natal)”, completa Burti.
Apesar da base fraca do ano passado, esse sinal antecedente de produção mostra que a indústria “está animada”, afirma Emílio Alfieri, economista da ACSP. Ele detalha em números: em 2014, que também foi ano de Copa, e no Brasil, o comércio vendeu 15 milhões de TVs – um recorde, segundo o economista.
A partir de 2015, esse número caiu pela metade, intensificado pela crise, e foram vendidas 8,6 milhões de unidades. Em 2016, foram 8,4 milhões, e só no fim de 2017 as vendas de TVs voltaram a se recuperar, fechando o ano com 11,5 milhões de unidades comercializadas.
“A aposta é vender mais no primeiro semestre, para o Dia das Mães e a Copa”, diz Alfieri. “Vamos ver se chega perto desse número, senão, vai ficar para a Black Friday ou o Natal.”
Se em 2017 as comercializações de roupas, calçados e artigos pessoais dominaram as vendas para o Dia das Mães, esse ano vai ser bem diferente, já que as vendas a prazo vão superar as vendas à vista, segundo o economista.
“O IBGE (divulgado nesta quinta-feira, 12/04) mostra que não são essas vendas que estão puxando. Tanto que elas caíram 5,8% ante fevereiro do ano passado”, afirma.
Para melhorar as vendas desses produtos da coleção outono-inverno, só se o clima esfriar, segundo Alfieri. “Senão, pode vir igual ou até menor que o do IBGE.”
PERSPECTIVA CONTINUA POSITIVA
Ao avaliar o crescimento de 1,3% registrado pelo varejo restrito nacional em fevereiro divulgado hoje pelo IBGE, o presidente da ACSP/Facesp Alencar Burti diz que o resultado foi “inesperado.”
Em sua opinião, o número veio abaixo das expectativas, que giravam em torno de 3%, uma vez que os fundamentos macroeconômicos sugeriam essa alta e a base de comparação é fraca.
“Essa surpresa é difícil de ser explicada, mas não deve se repetir nos meses seguintes”, afirma Burti, lembrando que o setor vem crescendo há 11 meses consecutivos, segundo o IBGE.
Outra observação de Burti é que o desempenho dos setores não é uniforme: enquanto veículos subiram 20% e móveis e eletroeletrônicos aumentaram 3,2%, outros como tecidos (-5,8%), combustíveis (-7%) e livros (-5,8%) caíram.
Em linhas gerais, segundo ele, o varejo vem se recuperando há quase um ano e deve manter essa trajetória nos próximos meses.
“É preciso, contudo, que o Banco Central faça novos cortes na taxa de juros, aproveitando que a inflação está abaixo do piso da meta (2,68%) para continuar a estimular esse crescimento”, finaliza.
FOTO: Wesley Santos/Estadão Conteúdo
R. Monsenhor Rosa, 1940 - Centro
Franca - SP - CEP 14400-670
Atendimento:
Seg. a Sex. das 8h às 18h
Dúvidas, Reclamações e Sugestões
Entre em contato conosco:
(16) 3711-1700 - (16) 99973-0195
CNPJ: 47985577/0001-63
© ACIFRANCA. Todos Direitos reservados. Desenvolvido por Agência ACIF + Sophus Tecnologia