Falar sobre arquitetura me eleva, sinto que consigo parar o momento no aqui e agora. Quando vejo um espaço vazio, entendo o quanto sua importância é crucial e relevante, porque o vazio é um repouso de um instante edificador.
É o saber que algo se manifestará... Como se existisse um movimento sem razão aparente, que não precisa de justificação, completamente desprovido de fundamento, como se nada acontecesse, apenas um momento contemplativo, ou uma ausência permissível, mas aí está. Onde começa a sensação de espaço e tempo, e o movimento do vazio está propositalmente, porque a ausência de algo tem um propósito.
Assim como o silêncio, ou a pausa, assim como o intervalo, ou a distância de um objeto para outro. Todos esses momentos não estão soltos, existe um sentido, tudo é movimento e complemento, nada está separado. É no vazio que está o complemento da continuidade, um conceito que a gente encontra fortemente na arquitetura, nas artes plásticas, no desenho industrial, na música, no corpo humano, na contemplação e isso me emociona e muito! Quando lemos um gibi ou uma revista, o espaçamento de figura para outra, é o equilíbrio de uma diagramação.
Ou quando admiramos uma obra do artista plástico Escher, que brinca com os planos onde o primeiro acaba sendo o segundo e vice e versa. Espaços chamados negativos, que não são preenchidos, mas acabam sendo o complemento como em logotipos criados por fantásticos designers. Na música, a importância da pausa se iguala a nota musical. Sem a pausa, não teríamos a melodia, seria apenas uma nota em cima da outra. No corpo humano, a batida do seu coração entre um pico e outro, também há pausa ou intervalo.
Atualmente a ciência fala que o coração nos diz qual é o estado emocional da pessoa entre uma batida e outra, se os estados compassivos são saudáveis ou não, se estamos bem ou estressados, como uma onda de transporte.
Hoje sabemos que o coração envia mais informação para o cérebro que o próprio cérebro para o coração, há estudiosos que dizem que o coração é capaz de predizer o futuro... bom, certo?! Sem o espaço vazio, a arquitetura não existiria, afinal é no vazio que se edifica, que se decora, que se preenche. Afinal é no espaço que se habita, e nosso primeiro habitat é um espaço vazio, 5 estrelas, onde temos tudo o que precisamos....o útero da nossa mãe, nossa primeira moradia. De onde saímos para vivenciar uma experiência coletiva, e como seres coletivos, precisamos uns dos outros para nossa evolução e sobrevivência.
O processo de evolução é individual, mas o caminhar é coletivo, assim como um lar. Podemos morar sozinho, mas muitos contribuirão para construção do seu espaço. E muitos ou poucos passaram por sua moradia, suas memórias e poderão vivenciar suas experiências. Nada está fora, nada está distante, o vazio existe para que possamos circular e bailar no espaço, que sua alma deseja encontrar em silencio. Você está no Todo, o Todo está em você! E lembrem, a criatividade habita um espaço vazio para que possa se manifestar e expressar.
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