No Momento Jurídico de hoje, a advogada Aline Mantovani, especialista no assunto, fala sobre o tema

Olá leitores! Primeiramente, relato a satisfação de ocupar esse espaço e agradeço à ACIF pela oportunidade em transmitir um pouco do que conheço sobre o assunto.

Planejar é imprescindível a qualquer atividade que pretendemos fazer. E assim é também em relação ao futuro, seja próximo ou remoto, considerando as condições que a idade mais avançada nos impõe em relação ao trabalho. Enquanto muitos imaginam que a aposentadoria pode proporcionar o afastamento do ambiente de trabalho para melhor desfrutar da família e dos amigos, outros sequer cogitam parar de trabalhar ao se aposentar, tamanha a realização pessoal que o trabalho proporciona, enquanto outros, ainda, veem no trabalho a possibilidade de preservar ou aumentar a renda, tudo face a realidade de uma aposentadoria com valor mais baixo.

Diante de tantas e diversas possibilidades, surge o planejamento previdenciário.

Todos que exercem atividade laborativa remunerada tem o dever legal e tributário de contribuir para a Previdência Social conforme sua situação jurídica, seja como empresário, autônomo, empregado celetista ou servidor público.

A organização da vida financeira e do trabalho pode ser feita mediante previsões técnicas, jurídicas e atuariais com fundamento na legislação vigente. Assim, a partir do momento em que o contribuinte tem conhecimento e controle de sua vida previdenciária, a tomada de decisão se torna um processo mais simples e financeiramente interessante.

Com o adequado planejamento, o contribuinte pode organizar tecnicamente os diferentes períodos em que tenha trabalhado como empresário, autônomo, empregado ou servidor público para obter o melhor custo-benefício tanto durante o período em que está na condição de contribuinte tributário, quanto para a obtenção de uma futura aposentadoria.

O planejamento oferece um verdadeiro retrato da vida contributiva: quanto tempo de contribuição possui, quanto tempo de contribuição falta para se aposentar, qual o valor estimado para uma futura aposentadoria, qual a melhor modalidade de aposentadoria para cada contexto e uma projeção financeira personalizada para o futuro.

Feito esse relatório, passa a ser possível adequar futuros valores de contribuição e especialmente de retirada de pro-labore, conforme a necessidade e o interesse do contribuinte.

Mas, e quem faz isso? Profissionais da área jurídica com capacidade técnica e, principalmente, conhecimento jurídico adequado. E custa caro? Não, não custa. Ao contrário, os valores cobrados são acessíveis e diminutos considerando a importância do planejamento.

A verdade é que muitos resolvem fazer o planejamento já próximos à idade de se aposentar, e recebem a notícia de que já é tarde e não há mais tempo para mudar nada.

Por isso, não espere o tempo passar, organize-se com antecedência, procure um advogado especialista e assuma o controle do futuro de sua vida financeira, pensando no futuro com um pouco mais de segurança e conforto.