A recessão econômica não tem sido um período fácil para os donos de papelarias do Brasil. Segundo o Sebrae-SP, alguns desses estabelecimentos chegaram a perder até 30% dos seus clientes somente no ano passado. Mas, mesmo com esses números, os empresários têm se apresentado otimistas, acreditando que a economia brasileira deve se reaquecer em 2017. Procurando dar o auxílio necessário para o setor superar a crise, a edição deste ano da Feira do Empreendedor, que acontece entre os dias 18 e 21 de fevereiro, no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo, vai contar pela primeira vez com uma papelaria-modelo.
“O varejo está se reinventando e os papeleiros precisam aproveitar essa onda de inovação”, afirma Larissa Carvalho, consultora responsável pelo espaço, estruturado em uma parceria do Sebrae-SP com a Abigraf SP (Associação Brasileira da Indústria Gráfica de São Paulo). Com 120 m², o ambiente contará com vitrine, mobiliário, caixa e novidades do mercado, oferecendo a experiência completa de uma papelaria para os visitantes. Depois de passar por todo o espaço, os convidados serão direcionados a uma arquibancada, onde poderão assistir às palestras dos consultores do Sebrae-SP.
A expectativa dos organizadores é que ao menos 2 mil pessoas passem no estande ao longo dos quatro dias de evento. Para a consultora, 80% desses visitantes devem ser empreendedores que estão pensando em abrir uma papelaria e os outros 20% são papeleiros em busca de melhorias na gestão dos seus negócios. “Esse é um segmento que precisa se reinventar. Não adianta mais vender só papel e caneta”, diz.
A consultora listou dicas e recomendações para quem está pensando em abrir uma papelaria. Veja abaixo.
1. Afinidade e planejamento
Está pensando em abrir uma papelaria e não sabe qual é o primeiro passo? Antes de qualquer ação, Larissa recomenda: é importante ter afinidade com o setor. Depois disso, desenvolva um plano de negócios e descubra o quanto pode investir na empresa. Em média, uma papelaria de pequeno porte exige a partir de R$ 50 mil, podendo chegar até R$ 200 mil, para as de grande porte. “Ter tudo na ponta do lápis e buscar auxílio são ações que ajudam o empreendedor a alcançar o sucesso”, afirma a consultora.
2. Agregue serviços
Para a consultora, a papelaria que não diversifica seu portfólio encontra dificuldades maiores para se destacar no mercado. A palavra de ordem é agregar serviços e produtos. Segundo Larissa, 50% dos ganhos de uma papelaria podem vir de outros artigos, como materiais de escritório, itens de informática e até mesmo brinquedos.
3. Encontre novas sazonalidades
Já é notório que as papelarias vendem mais nos meses de dezembro, janeiro e julho, quando os pais compram o material para o período escolar que vem em seguida. Por isso, o empreendedor deve se preparar para criar novas sazonalidades. Ou seja: aproveitar outras datas festivas, como Dia das Mães e Dia dos Namorados, por exemplo, para investir em produtos que atendam o público que procura por presentes e lembranças. “O ano de uma papelaria não pode depender somente das férias escolares. O empreendedor deve buscar alternativas”, diz Larissa.
4. Inove com ações
Outra forma de manter a papelaria cheia, mesmo fora dos seus principais períodos de maior venda, é realizar eventos na baixa temporada. Uma dica que a consultora dá é realizar aulas de arte para crianças, por exemplo. “Além de divulgar os itens da sua loja, você engaja e fideliza clientes”, afirma a consultora do Sebrae-SP.
5. Destaque necessário
Para se destacar em um mercado com mais de 30 mil estabelecimentos no país, é preciso se reinventar. “O empreendedor tem que pegar a onda da inovação”, diz Larissa. Para isso, a especialista sugere que o dono de negócio invista em novos canais de venda e marketing digital. Na sua visão, as lojas virtuais podem aumentar o faturamento de uma papelaria em até 50%. Além disso, a consultora recomenda a utilização de redes sociais como Facebook e Twitter. "São ferramentas de baixo custo que podem fidelizar o seu cliente."
6. Toda economia é bem-vinda
Em tempos de crise, o empreendedor deve ficar muito atento aos desperdícios. Para Larissa, este é o momento de reduzir gastos e focar em novas tecnologias. “É importante analisar se o ar-condicionado precisa ficar ligado o tempo todo, por exemplo. Energia elétrica é uma despesa de grande impacto para o negócio.” Da mesma forma, a consultora sugere uma busca por softwares de gestão mais completos, que possam ser manuseados por somente um funcionário, por exemplo. “Até mesmo o próprio empreendedor pode assumir esse trabalho”, diz Larissa.
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