As redes sociais são uma poderosa ferramenta de promoção de negócios. E não é diferente no mercado de bares e restaurantes. Durante o PEGN Labs, evento realizado nesta segunda-feira (27/3) em São Paulo, dois especialistas nas plataformas digitais deram dicas do que fazer e do que não fazer nestes ambientes.
Eles são Cristiano Santos, especialista em mídias sociais, e Isaac Azar, fundador da rede de bistrôs Paris 6 e um entusiasta do assunto – ele já se deu bem na rede, mas também sofreu represálias.
Confira o que eles disseram:
1. Aproveite as efemérides
De acordo com Santos, os usuários adoram interagir em datas especiais e assuntos que estejam bombando. “Encontre uma maneira de aproveitar o tema e conseguir um maior engajamento”, afirma o consultor.
2. Mostre a cara na crise
Santos relembrou um caso em que uma criança morreu após ter ingerido uma bebida achocolatada supostamente contaminada. A fabricante do produto, a Itambé, foi execrada nas redes. Em resposta, a empresa gravou um vídeo negando ter responsabilidade na adulteração do produto. Mais tarde, descobriu-se que a contaminação havia sido feita pelo dono de uma mercearia, que desejava envenenar um ladrão. “Mostrar a cara, como fez o presidente da Itambé, e chamar a responsabilidade para si é algo que as empresas não fazem. É um sinal de respeito com os usuários”, diz Santos.
3. Mantenha a cabeça fria
O especialista também citou casos em que os donos das empresas, de “cabeça quente”, responderam a críticas de clientes de forma inapropriada. “Esse comportamento é bastante prejudicial. É melhor se acalmar e responder respeitosamente”, afirma Santos.
4. Deixe a política de lado
Santos também citou casos em que marcas se posicionaram politicamente de forma mais explícita. Na opinião dele, tal comportamento é ruim. “Ao se posicionar a favor de um ponto, quem não concordar vai bombardear a marca. Não vale a pena.”
5. Cuidado com o que posta
Isaac Azar é conhecido por suas amizades com celebridades. Alguns deles, inclusive, são sócios dele em unidades do Paris 6. Um dos sócios de Azar é o jogador de futebol Emerson Sheik. Em 2013, os dois deram um selinho e postaram a foto nas redes sociais. A intenção era fazer uma crítica à homofobia. “Fizemos isso pensando que seríamos aplaudidos. No entanto, a torcida do Corinthians, time do Sheik à época, ficou irada”, diz o empreendedor. “Por isso, é sempre bom pensar bastante no que postar.”
6. Transforme enchentes em algo bom
Em janeiro, um vídeo de uma mulher escorregando na frente de uma unidade do Paris 6 em uma enchente se tornou viral. Pensando em agradar a moça mostrada nas imagens e também em promover a empresa, Azar decidiu dar à garota um acesso vitalício ao Paris 6. Foi elogiado. “É importante fazer do limão uma limonada”, diz Azar. Ou saber surfar na enchente.
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