Identificar as pessoas certas e formar o espírito de equipe necessário para tocar um negócio são possivelmente as tarefas mais importantes de um empreendedor. Um time altamente qualificado e alinhado em torno de um objetivo comum pode fazer toda a diferença no sucesso, nas vendas e nos lucros de uma empresa. Entretanto, analisar apenas a capacitação técnica de potenciais funcionários é abrir as portas para futuros deslizes éticos, falhas de comunicação e acomodação. O ideal é o empreendedor avaliar a todo o momento valores e atitudes que são importantes para o seu negócio.
O consultor empresarial César Souza dedicou um capítulo de seu mais recente livro (“Jogue a seu favor”) ao tema. “Quando o empreendedor escolhe as pessoas certas, pode se dedicar a explorar oportunidades com foco no crescimento do negócio. Mas quando se cerca de gente errada, desperdiça tempo resolvendo problemas”, diz Souza. Veja algumas recomendações elencadas pelo especialista para contratar - e formar - times engajados na mesma causa.
1. Filtre candidatos por atitudes desejáveis e indesejáveis
Como dono de empresa, você carrega alguns princípios e comportamentos que gostaria de ver praticados por todos os seus funcionários. São qualidades que vão além das competências técnicas obrigatórias para exercer uma determinada função. Confiança, respeito, integridade, qualidade e segurança são alguns dos atributos mais desejados. Porém, identificar esses valores, ainda durante a fase de seleção, não é tarefa simples. Uma forma recomendada por Souza aos empreendedores para aumentar as chances de fazer uma boa contratação é transformar os valores buscados em atitudes específicas, mais fáceis de detectar no dia a dia, numa entrevista de emprego ou em contato com chefes anteriores. Líderes que demandam “qualidade” podem estar procurando, na prática, gente que tenha velocidade de resposta, pro atividade e assertividade. O valor “integridade” pode ser traduzido em atitudes relacionadas à flexibilidade autoadministrada, à responsabilidade e ao espírito de coletividade. Também pode ser interessante que o empreendedor tenha em mente quais são as atitudes não desejadas para sua equipe, como paternalismo, individualismo, rigidez intolerante e negativismo.
2. Avalie o “grau de encaixe” do potencial funcionário
Refere-se ao grau de sintonia da pessoa com o superior hierárquico (os dois devem entender o que cada um pensa e como devem agir em determinadas situações); com a cultura da empresa (lembre-se: as pessoas absorvem rapidamente novas capacidades técnicas, mas demoram a aprender atitudes e dificilmente mudam seus princípios); e com o momento atual da empresa (uma startup, por exemplo, costuma demandar funcionários desbravadores, que façam um pouco de tudo e coloquem a faca nos dentes, um perfil possivelmente oposto ao de um negócio em fase de consolidação de mercado). Outros dois encaixes que podem ser avaliados são: com o tipo de negócio (gente que se dá bem no campo nem sempre se encaixa no chão de fábrica, por exemplo) e o tipo de cliente (uma coisa é atender o comprador num ponto de venda, outra muito diferente é atendê-lo dentro de sua própria residência).
3. Considere conhecimentos complementares
Um time com todo mundo alinhado a partir da mesma formação acadêmica, com as mesmas expectativas e conhecimentos é muito mais fácil de ser gerenciado. Afinal, lidar com opiniões e idéias divergentes pode ser uma baita dor de cabeça. Na opinião de Souza, esse é um dos pensamentos mais equivocados que um empreendedor pode ter sobre formação de equipes. Se você quer inovar e crescer num ritmo acima de seu mercado, você precisa de diversidade, de competências capazes de criar soluções diferenciadas. Por isso, a complementaridade de estilos é tão importante. Se um grupo ou departamento é formado majoritariamente por gente pragmática e focada em resultados, é salutar que elas passem a trabalhar com outras pessoas que se destaquem em planejamento, ponderação e análises. Equilíbrio é o nome do jogo!
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